terça-feira, 30 de agosto de 2016

Entrevista histórica a Adolf Hitler

rarehistoricalphotos.com
O “Eu só vim entregar uma Pizza” conseguiu aquele que é, provavelmente, o furo jornalístico do século. Através dos serviços de uma fonte anónima, mas omnipotente, e numa oportunidade única da história do jornalismo e da análise política, pudemos entrevistar Adolf Hitler, a quem foi dada a oportunidade de voltar à vida, passear incógnito pelo mundo, e inteirar-se da actualidade e do que se passou nos mais de 70 anos após a sua morte. E Hitler parece satisfeito com o que viu pelo mundo.
Na nossa entrevista, a única restrição imposta pelo entrevistado foi que as perguntas só poderiam versar sobre o pós-1945, sem excepção. O que se segue é uma transcrição das perguntas do jornalista (chamemos-lhe R.) e as respostas de Hitler (H.). O itálico é nosso, usado para realçar o que nos parece de maior importância.
R.: Antes de mais, obrigado por ter aceitado o nosso convite.
H.: Quem agradece sou eu, uma vez que aprecio a oportunidade que me foi dada, e tenho todo o gosto em partilhar com os seus leitores a minha visão do mundo, e do que aconteceu tanto tempo depois de eu me ter ausentado.
R.: Sei que não responderá a perguntas relativamente ao que se passou durante o seu período de vida, mas não posso deixar de o questionar acerca do momento da sua morte, e das circunstâncias que o rodearam…
H.: Atire à vontade.
R.: Optou pela fuga do suicídio e não assumiu as consequências das acções do seu regime. Porquê?
H.: O suícido não foi uma fuga. Foi um acto de coragem, e o culminar natural de um percurso de vida que acabou em circunstâncias trágicas. Não conseguiria testemunhar a invasão e destruição da minha pátria pelos bárbaros bolcheviques. Foi extremamente doloroso morrer naquelas circunstâncias, com o Exército Vermelho às portas do Reichtag, e sabendo que a Alemanha seria submetida a mais uma humilhação. Todo o cidadão alemão teve a oportunidade de fazer o mesmo que eu; poucos amaram a pátria como eu.
R.: Em relação à humilhação sofrida, quer dizer então que reconhece que fez mal à sua pátria? A Alemanha sem Hitler estaria melhor?
H.: Eu já o sabia no meu íntimo, mas com base no que sei hoje posso responder-lhe sem qualquer dúvida que a grande Alemanha estaria hoje muito pior se eu não tivesse existido.
R.: O que quer dizer com isso?
H.: É certo que passamos por maus momentos imediatamente após o término da guerra. Mas rapidamente a pátria soube reerguer-se com um novo alento e coragem, que se devem, em não pouca medida, ao fortalecimento da alma do povo, resultante do esforço feito durante o regime do Nacional-Socialismo. Foi uma tristeza profunda saber que a Alemanha foi novamente dividida, incluindo a nossa capital, mas o futuro veio mostrar que somos mesmo mais fortes e que tínhamos razão em tudo o que fizemos.
R.: Mas as suas escolhas levaram à destruição do seu país e à morte e sofrimento do seu próprio povo…
H.: Isso é uma visão mesquinha e redutora da história, da qual só os fracos partilham. Sem destruição, não pode haver a construção de algo novo e grandioso, e sem sofrimento, não há reconhecimento do valor daquilo que se construiu. A Alemanha está novamente reunificada, e a sua área de influência económica é, atrever-me-ia a dizer, maior do que aquela que nós atingimos no nosso período áureo.
R.: Quer dizer que está satisfeito com o que aconteceu após a sua morte?
H.: De uma forma geral, sim. Há alguns contratempos que continuam por resolver, mas regra geral, acredito que os acontecimentos mundiais vieram reivindicar a nossa visão do mundo. A Europa foi unificada sob o poder económico da Alemanha, a podridão do regime bolchevique levou ao seu colapso, os nossos aliados no Extremo-Oriente sofreram às mãos dos americanos, mas mostraram que são fortes e continuam a ser uma potência mundial.
R.: Concorda então com a edificação da U.E.?
H.: Claro! Sou um federalista convicto… O futuro terá de passar por um governo europeu, com uma moeda europeia, mas também com orçamento europeu,e com capital em Berlim, claro. E uma nova expansão a leste, já agora…
R.: E fazer frente a Putin?
H.: Putin quer ressuscitar aquilo que já está morto e enterrado. Mas é preciso controlá-lo e garantir que a Rússia envereda finalmente por um regime democrático.
R.: Descobriu as virtudes da democracia?
H.: Nunca duvidei delas… Esquece-se que fui eleito democraticamente? Claro que, em circunstâncias extraordinárias, são necessárias medidas extraordinárias. Eu disse aos eleitores que se me elegessem eu acabaria com todos os outros partidos políticos. Nunca menti ao eleitorado.
R.: E os E.U.A.?
H.: Se nós tivéssemos subjugado os bolcheviques, o período da Guerra Fria teria sido muito semelhante, excepto que ainda estaríamos cá a fazer frente aos americanos,ou seja, o mundo estaria muito mais seguro connosco! Mas sempre soube que a Alemanha teria de conviver com os americanos… Eles até ficaram com os nossos melhores elementos! O Von Braun é que os levou à Lua, não foi? E o 11 de Setembro tem um cheirinho de incêndio no Reichtag, não lhe parece?... (risos) Mas os E.U.A. estão em declínio, embora não pareça. A sua força depende essencialmente do seu poderio militar, herdado do final da Guerra com o Eixo. Mas o seu sangue está podre, com a infiltração judaica e mistura de raças latina e africana, e a sua economia vai definhar lentamente.
R.: Como vê a ascensão da China?
H.: É mais uma demonstração que o Mundo estaria melhor se tivéssemos ganho a guerra! O Japão teria dominado os chinocas e hoje não teríamos o problema da política expansionista de Pequim, para mais baseada num capitalismo travestido de comunismo… Ou ao contrário, ainda não percebi muito bem o que eles andam a fazer por aquelas bandas.
R.: Referiu alguns contratempos históricos… Um deles será certamente a formação do Estado judaico. Como encara a sobrevivência de Israel e o seu estabelecimento como potência regional?
H.: Com tranquilidade. Nós chegamos a ponderar a hipótese de deportação dos judeus para um novo território, mas na altura não existiam condições políticas para a formação de um estado judaico. Eu queria-os fora da Alemanha; consegui-o. Agora, as suas maquinações continuam diabólicas como sempre. A desestabilização do Médio Oriente e a crescente ameaça do terrorismo islâmico têm a mão dos judeus e do lobby judaico americano...
R.: Considera o terrorismo a maior ameaça ao mundo ocidental?
H.: Sim, mas não aquele que está a pensar… O pior é o terrorismo financeiro! É o que dá os judeus controlarem a banca americana… Um dia alguém terá de os enfrentar. Só espero ter a oportunidade de testemunhar isso!
R.: As regras existem para serem quebradas, por isso pergunto-lhe, por último, se se arrepende de algo na sua vida?
H.: Devia ter apertado com aquele desgraçado do Heisenberg… O traidor do físico andou a fazer de conta que trabalhava durante anos e minou os nossos esforços para desenvolver uma arma que poderia decidir o futuro da guerra. Eu sabia que ele era muito amigo do judeu do Bohr, mas sempre pensei que amasse mais a Alemanha… Se não fosse ele, tínhamos chegado à bomba atómica antes dos americanos! E o futuro teria sido diferente. SIEG HEIL! 
R. entregou uma pizza #àforçasdemoníacas

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Eu só quero ver...



Portugal está a arder.
E qual é a novidade?
Estranho seria senão estivesse.
Todos os anos o mesmo cenário; todos os anos os mesmos argumentos estafados, puídos e gastos. Todos os anos as mesmas falhas.

Quem não falha são os bombeiros que andam dias seguidos a combater o fogo pelo mor à camisola. Vivemos num mundo tão miserável em que um jogador de futebol factura milhares, mas um bombeiro tem de ser voluntário porque o Estado (leia-se: ´NÓS!!) assim o desejamos. Não? Então porque não há  movimentos da sociedade civil a exigir a criação de corpos de bombeiros profissionais?

As políticas de gestão e organização da floresta há anos que nos encaminham para uma eucaliptização do país, tudo com o beneplácito dos diferentes níveis de governação e poder: dos presidentes de câmara, CCDR's, Ministérios e Governo. E o silêncio ensurdecedor das indústrias da celulose e pasta de papel.

O fim, na prática, da Guarda Florestal que agravou e muito o descontrolo das áreas florestais, limpeza e conservação de caminhos, vigilância, alerta e intervenção.

O subfinanciamento das Áreas Protegidas, sejam elas Parques Nacionais (só temos um, infelizmente), Parques Naturais, Reservas ou outras denominações que não permitem intervenções de fundo no território nem o aproveitamento das potencialidades endógenas destas áreas. Como os presidentes do Parques Naturais são escolhidos pela cor do cartão partidário, não há interesse, nem vocação, nem vontade, nem saber para fazer melhor. O que interessa é encher. Os bolsos, o currículo, fazer uns favores que mais tarde possam ser cobrados.

A inexistência de um sistema nacional de cadastro dos proprietários florestais que permita a responsabilização de quem não fizer a limpeza da floresta

Os meios de combate são ineficazes: Não há dinheiro para equipar as corporações substituindo viaturas com dezenas de anos de uso e milhares de hora de operação efectiva mas há dinheiro para comprar carros de luxo para a Assembleia da República, Ministérios, Presidência e outros que tais.

Os meios aéreos são insuficientes. E caros, acrescento eu. E mal coordenados. Não há muitos anos, a Força Aérea Portuguesa actuava em operações de combate a incêndio com custos bem menores e resultados melhores. Porquê pagar a privados se temos os meios e o pessoal necessário já a ser pago pelo dinheiro dos contribuintes?

Portugal a arder e nada a fazer.
Não se fazer uma fogueira no Terreiro do Paço e soltar o fogo a quem nos governa e tem desgovernado nos últimos 40 anos...

Aí, até é eu me tornava pirómano!
Se quiserem posso contribuir com uma caixa de fósforos!

E. entregou uma pizza #à incendiário, #à tou que nem posso, #à coçador

terça-feira, 2 de agosto de 2016

"The world is coming to an end..."

Mickey: "The world's coming to an end, Mal." 
Mallory: "I see angels, Mickey. They're comin' down for us from heaven. And I see you ridin' a big red horse. You're drivin' the horses, whippin' 'em. And they're spittin' and barfin' all on you now..."

Nos anos 90 Oliver Stone criou uma obra de arte, Assassinos Natos (Natural Born Killers). Vi esta montanha-russa numa das salas dos Cinemas Avenida em Coimbra, onde então estudava. O filme está repleto de momentos e tiradas que se colam a nós como a poeira se cola num dia quente de verão em que a pele se cobre de suor. "The world is coming to an end, Mal". Esta é uma das frases que ficou tatuada na minha mente. "The world is coming to an end".
Mickey e Mallory são os assassinos natos do título do filme e acompanhamos esta versão de Bonnie e Clyde numa furacão de sangue e violência completamente frenético e avassalador. Nenhum ser humano normal conseguiria simpatizar com uns verdadeiros Mickey ou Mallory Knox. Tais violência, loucura e distância da lucidez e realidade só podiam existir em filme e por isso mesmo conseguimos olhar para este Assassinos Natos como uma obra e acompanhar com entusiasmo e envolvência  percurso da dupla.
Parecia-me aceitável que simpatizássemos com o Mickey e a Mall pela irrealidade das personagens. Mas agora começo a achar que afinal há gente bem real impregnada de iguais doses de loucura e maldade. E que aquela frase de Mickey podia perfeitamente ser uma premonição.

Nos últimos tempos esta frase tem ecoado na minha cabeça e até a vou repetindo aqui e além, agora e depois. E quase sempre esse murmúrio acontece quando leio ou vejo ou ouço notícias.
Além da situação na Síria e no Iraque, na Líbia, na Eritreia, no Iémen, no Sudão do Sul e tantos outros sítios distantes que não nos ocupam muito (ou nada) do tempo e da atenção, o que temos?
- Temos os atentados terroristas (não escrevi islamistas... são tantos e de tantas origens e motivações diferentes) que servem de combustível para o medo e para o ódio;
- Temos o a ignorância e o alheamento que o são o comburente;
- Temos gente má e movida pelo poder, pelo lucro, pela ganância eu aproveita o combustível e o comburente para provocar o incêndio perfeito.

Nos E.U.A. é cada vez mais consistente a possibilidade de Donald Trump ser eleito presidente. Na Rússia Vladimir Putin governa com cada vez mais descaramento e prepotência. Um pouco por toda a Europa ganham força as visões xenófobas, enquanto que quem tem poder e responsabilidades parece preocupar-se apenas com economia, finanças, dinheiro, bolsas, etc.. Na Turquia uma tentativa de golpe de estado no mínimo muito conveniente serviu de pretexto para uma purga sem precedentes e com graus de violência impressionantes... À vista de todos. 
O que a mim mais assusta é que todas estas situações que enumerei (e podia referir outras em outras coordenadas desta nossa Terra) são validadas por uma boa parte da população desses países. E isso só pode querer dizer que estão muito alheadas e assustadas ou que concordam! E não sei o que é pior.
Assusta-me também que todas estas variáveis pareçam estar a combinar-se para um cenário tenebroso que espero que seja pouco provável mas que vejo, ainda assim, cada vez mais próximo. Conflitos armados de grande escala (não queria muito falar de uma 3.ª Guerra) parecem-me agora muitos plausíveis quando há meio ano atrás nem sequer me passavam pela cabeça.

Sou da opinião, há já algum tempo, que existe gente a mais neste planeta e que é necessária uma limpeza (a História mostra-nos que isto vai acontecendo ciclicamente). Ironicamente, digo eu, esta gente a mais poderá estar a promover a situação ideal para que as catástrofes tomem lugar e assim aconteça a tal limpeza.

"The world is coming to an end, Mal" dizia o Mickey Knox enquanto se ouvia de fundo a deliciosa versão de Sweet Jane dos Cowboy Junkies.

J. entregou uma pizza #politicamente irrelevante, #à fritei a pipoca, #à forças demoníacas


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